Condomínios da cidade de Vinhedo estudam entrar com uma cobrança judicial contra a Prefeitura de Vinhedo exigindo o ressarcimento com os valores gastos na troca das lâmpadas queimadas. A situação da iluminação pública no município está caótica há pelo menos dois anos, mas o problema tem se agravado desde janeiro.
Nem mesmo as vias principais do município estão isentas do problema. Segundo discurso do vereador Edu Gelmi (SDD) cerca de 50% das lâmpadas de toda a cidade estão com problema.
Os condomínios, também, sofrem com o descaso. O vereador Edson PC (MDB) chegou a mostrar um quarteirão todo no Condomínio Vista Alegre, no mês passado, que estava no escuro. A situação se repete em outros condomínios e residenciais da cidade que acabam fazendo a troca com verba da taxa condominial, ou seja, o vinhedense que mora nestes locais acaba pagando duas vezes pelo mesmo serviço, já que a taxa de iluminação pública é cobrada na conta de energia todos os meses e não há melhora no sistema.
Para piorar a situação, há mais de um ano a Câmara aprovou o reajuste nos valores da taxa, triplicando o valor recebido pela Prefeitura, com um superávit de R$ 380 mil ao mês.
Somente no Condomínio Marambaia, o maior e mais antigo da cidade, das 1.020 lâmpadas existentes, 450 foram trocadas pelo condomínio, ocasionando um custo de cerca de R$ 77 mil. “Estamos há dois anos solicitando as trocas e nunca fomos atendidos, praticamente um terço das nossas lâmpadas estavam queimadas. Então, resolvemos realizar a troca por nós mesmos, pois antes de tudo, iluminação é uma questão de segurança pública”, explicou o síndico Walter Antonio Frisch Hubig. Segundo ele, o condomínio está solicitando o ressarcimento através de uma cobrança administrativa, porém, já estuda ingressar com uma cobrança judicial para reaver o valor.
Já o Condomínio Vista Alegre respondeu que possui cerca de 270 lâmpadas queimadas atualmente e que não realizou nenhuma troca com recursos próprios, mas que se a situação persistir, pretendem “ingressar com cobrança judicial”.
O Jornal Trbuna de Vinhedo, também, enviou questionamento ao Condomínio São Joaquim, mas não recebeu resposta.
Pelo menos duas queixas sobre a questão já se encontram no Ministério Público. Uma protocolada por vereadores de oposição e outra de autoria da associação que compreende os condomínios e residenciais de Vinhedo.
OUTRO LADO
Questionada, a Prefeitura de Vinhedo não quis se manifestar sobre o assunto.
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