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Entrevista com Moisés Seba Neto

Foto do escritor: Jornal Tribuna OnlineJornal Tribuna Online

A história do Hotel Estância Santa Mônica começa em 1970, quando o uruguaio Samir Seba Audi e sua esposa, a brasileira natural de São João da Boa Vista, Ana Laura Carvalho Patrão, mudaram-se de São João para Louveira. Ana Laura era professora primária e Samir recebera uma proposta para trabalhar como gerente de produção na Avícola Soberbo, um frigorífico de abate de aves da cidade. Ao se mudarem, o casal e seus 3 filhos pequenos moraram na Chácara Santo Antônio. Essa chácara era uma pequena parte da enorme Fazenda Santo Antônio, uma estupenda propriedade produtora de café desde os tempos da escravatura. O proprietário dessas terras, ao longo de anos de dificuldades financeiras, decidiu lotear suas terras. Um desses lotes foi a Chácara Santo Antônio, onde Samir e sua família viriam a morar a partir de 1970, ainda alugando o local. Com o passar dos tempos, em 1973, Samir e Ana Laura conseguiram comprar a propriedade que, a partir de então, passaria a se chamar Chácara Santa Mônica, em homenagem à filha caçula. Inicialmente a Chácara Santa Mônica, além de servir de moradia para a família Seba, também, se prestava ao desenvolvimento das atividades que sustentariam a todos por muitos anos. Samir criou frangos, atividade, extremamente, volátil e sujeita aos humores dos mercados. Depois, aventurou-se no ramo de reciclagem de plásticos, uma outra tentativa com resultados pouco promissores. Eram tempos difíceis em que Ana Laura se desdobrava para pagar a escola do filhos, enquanto Samir perseverava no que sabia fazer de melhor: empreender em busca de melhoras na vida da família. Mas, apesar das dificuldades, os finais de semana sempre eram um alívio para as dificuldades do dia a dia. Muitos amigos e parentes sempre visitavam a chácara, em busca da hospitalidade de Samir e da maravilhosa comida da Ana Laura. Até que finalmente, Samir e Ana Laura perceberam que poderiam unir o útil ao agradável. Se tinha tanta gente que adorava estar ali, aproveitar a sombra e o cheiro dos eucaliptos e bater um papo gostoso durante os dias calmos, por que não fazer disso um negócio? O início foi óbvio: alugar a chácara para festas de confraternização. A carteira de clientes foi crescendo e o volume de negócios permitiu novos investimentos. Até que Samir decidiu transformar um dos barracões da antiga granja em um restaurante. A essa altura, seus dois filhos mais velhos, Moisés e Marcelo, já haviam se tornado adolescentes e tinham uma banda de rock. Surgiu, então, a ideia de fazer um bailinho nas noites de sábado, com música ao vivo. Os meninos tocavam, Samir cuidava do dinheiro e da administração e Ana Laura, da cozinha. Mônica, que ainda era criança, emprestava o nome para a chácara. O que começou como uma ideia despretensiosa se transformou em um evento semanal de quase 2.000 pessoas. E foi com esse dinheiro que Samir construiu os 2 primeiros apartamentos. Estava inaugurado o Hotel Estância Santa Mônica em 29 de setembro de 1985.

De lá para cá são novas histórias. Todas de muito trabalho, perseverança e respeito pelos clientes. Moisés Seba Neto, graduado em MKT (ESPM), Pós-graduado em Gestão de Pessoas (FGV) e, também, Pós graduado em Administração Hoteleira (SENAC) é o diretor do Hotel Santa Mônica e conversou com a equipe do Jornal Tribuna.

Entrevista com Moisés Seba Neto LOUVEIRA
Foto: Arquivo Pessoal.


Jornal Tribuna (JT): Atualmente, com quase 36 anos do início do Hotel Santa Mônica, qual é a estrutura oferecida?

Moisés Seba Neto (MS): Hoje, o Hotel Estância Santa Mônica é sinônimo de diversão para toda família. Com uma ampla estrutura de lazer, cercado de jardins, gramados e árvores seculares, o Santa Mônica tem todas as suas dependências interligadas por passarelas, calçadas, cobertas e iluminadas. Nossa área total é de 34.400 m². São mais de 9.000m² de área construída, salas para quase 2.000 pessoas e um histórico de atendimento a festas de até 5.500 pessoas.

Em feriados prolongados, férias e finais de semana, nossa equipe de monitores, os Santinhos Santa Mônica, fazem uma programação diferente a cada dia para adultos e crianças. Brincadeiras, gincanas, jogos, oficina de artes, futebol, hidrorecreativa, etc.


(JT): O que o Hotel Santa Monica representa, hoje, para a comunidade louveirense?

(MS): Penso que a população de Louveira conhece ainda muito pouco do hotel e de sua estrutura. Recebemos pessoas do mundo todo, mas é comum conversarmos com pessoas da cidade que não sabem sequer a localização do Santa Mônica.


(JT): Hoje, o Hotel conta com a participação de quantos funcionários e colaboradores?

(MS): Hoje, com toda a estrutura oferecida, contamos com uma equipe de 65 pessoas.


(JT): Como estão as atividades nesta época de pandemia?

(MS): Agora, percebe-se uma retomada consistente. O Turismo de Lazer voltou com força e o de eventos começa a mostrar claros sinais de aquecimento.


(JT): Existe algum projeto que você gostaria que se tornasse realidade no Hotel Santa Monica?

(MS): Temos planos de construir uma vila para oferecer moradia a mais moradores. atualmente, cerca de 20 funcionários vivem em casas dentro do hotel e não pagam aluguel. Outro plano futuro é abrir uma escola técnica de hotelaria para capacitar pessoas de nossa cidade, para exercerem a hotelaria com excelência.


(JT): Para encerrar, há algum lema que o marca ou uma mensagem que gostaria de deixar aos louveirenses?

(MS): O que gostaria de dizer é: venha nos conhecer. Teremos prazer em receber o público de nossa cidade.


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