A Vigilância Sanitária de Valinhos anunciou hoje que a cidade terá que fechar novamente comércio e serviços a partir de terça-feira (16) para tentar frear o avanço da covid-19.
O aumento nos casos registrado nos últimos dias e a elevada taxa de ocupação de leitos de UTI levaram os técnicos da Secretaria da Saúde a determinar a ampliação do isolamento social no Município.
Com isso, apenas os serviços considerados essenciais, como restaurantes/bares (delivery ou retirada) supermercados e farmácias, poderão abrir as portas a partir de terça-feira.
Os números mostram um preocupante crescimento nos casos da covid-19 ao mesmo tempo em que a taxa de ocupação das UTIs atinge o maior índice desde o começo da pandemia. Na Santa Casa, que é a referência para atendimentos pelo SUS, a capacidade máxima foi atingida no final de semana e hoje não há leitos disponíveis para internação de pacientes com quadros mais graves da doença, em UTI.
Em reunião na manhã desta segunda-feira, técnicos da Vigilância Sanitária estiveram com o prefeito Orestes Previtale Júnior para avaliar o cenário da covid-19 em Valinhos. O total de casos confirmados chegou a 321. Até o dia 31 de maio a cidade tinha 174 casos confirmados de coronavírus. Nos 15 dias do mês de junho, esse total aumentou cerca de 90%.
Há também 14 mortes registradas e outros 217 casos suspeitos aguardando resultados de exames. Pelo relato, o avanço dos números coloca a estrutura hospitalar em risco de colapso já nos próximos dias, se o isolamento não aumentar.
"Além disso, tivemos um aumento expressivo nos atendimentos de covid-19 na UPA e observamos que esse canário se repete na Região Metropolitana de Campinas de forma geral, o que é mais um agravante que nos leva à necessidade de adoção do fechamento do comércio, indústria e serviços", disse Cláudia Maria dos Santos, diretora da Vigilância Epidemiológica.
O superintendente da Santa Casa, Fernando Pozzuto, que esteve na reunião, disse que o cenário preocupa e que a capacidade de atendimento do hospital chegou ao limite. "Estamos com 100% de ocupação dos leitos que temos para atendimento de covid-19 pelo SUS. Aumentamos de 18 para 22 esses leitos, mas os 22 já estão ocupados. Não temos mais condições de ampliar esse número", afirmou.
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