Vinhedo vai acatar a determinação do governador João Doria, que anunciou nesta quarta-feira, 24, em coletiva de imprensa, medidas restritivas de circulação em todas as cidades do Estado de São Paulo. O “toque de restrição” vale das 23h às 5h e tem como objetivo endurecer a fiscalização a festas e aglomerações clandestinas. Vinhedo, e a região de Campinas, continuam na fase amarela do Plano São Paulo do Estado.
A restrição de circulação vigora a partir desta sexta-feira, 26, até o dia 14 de março e ocorre devido ao aumento de casos de internações devido à covid-19. No Estado, são 6.657 pessoas internadas em leitos de UTI exclusivos para pacientes com a doença, segundo o Governo do Estado.
Vinhedo tem nove pacientes internados em UTI de coronavírus, 4.185 casos confirmados e 65 mortos por causa da doença.
O coordenador do Centro de Contingência Contra a Covid-19 do Estado, Paulo Menezes, declarou que, se a tendência atual se mantiver, pode haver esgotamento de leitos de UTI em três semanas.
O governador anunciou, ainda, que infratores poderão ser multados por desrespeitarem o Plano SP, com multas que podem chegar a R$ 10,6 milhões. O governo anunciou que fará blitz da Polícia Militar para fiscalizar eventos ilegais e que geram aglomeração de pessoas.
A Guarda Civil Municipal de Vinhedo tem realizado fiscalizações constantes para coibir aglomerações e festas clandestinas na cidade e se colocou à disposição da Polícia Militar para endurecer o cerco contra infratores.
Segundo o governo Estadual, os serviços essenciais continuarão a funcionar normalmente durante qualquer período, inclusive o horário restrito. Também não haverá advertência, multa ou impedimento à circulação de trabalhadores.
Menezes apontou duas possibilidades para o recrudescimento da pandemia: o grande número de aglomerações e festas clandestinas desde o final de dezembro e a circulação de novas variantes do coronavírus.
O Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, reforçou a preocupação dos especialistas do Centro de Contingência. “Não adianta nós só ampliarmos leitos e distribuirmos respiradores. Se as medidas restritivas não forem feitas, teremos impacto na saúde em 22 dias”, alertou.
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