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Entrevista com Daniel Fernando Miqueletto

Atualizado: 28 de jun. de 2021

Os empresários Daniel Fernando Miqueletto e Luís Antonio dos Santos, o conhecido Lee, são de família tradicional louveirense de viticultores, mas nenhum dos dois pensava em seguir na atividade agrícola. Daniel se formou na Unicamp como Engenheiro Agrícola e Lee estava como secretário de Turismo de Louveira, quando surgiu a questão do vinho como uma alternativa na viticultura da região, principalmente, vinculado ao Turismo Rural. Pela proximidade com São Paulo e Campinas, todos falavam que se fizesse na região uma atividade turística no meio rural, relacionada à fruticultura teria um potencial muito grande. E foi assim que Daniel e Lee foram fomentando a questão do Turismo Rural no município e a produção de vinhos com qualidade. Foram estudar, realizaram cursos no Rio Grande do Sul, no Chile e foram se aprimorando. No ano de 2004 adquiriram o Sítio Santa Rita no Bairro Cestarolli, com a proposta de fazerem algo diferente, além da uva de mesa que é a tradição familiar. Desenvolveram várias tecnologias que estão presentes em diversos produtores, mas também focaram na elaboração do vinho e do Turismo Rural. Com o tempo, a dupla arrendou outras áreas e passaram a assessorar outros vinhedos. Atualmente, além do Sítio Santa Rita, sede da Vinícola Micheletto, outras três propriedades vizinhas compõem sua área de produção própria... Sítio Nossa Senhora Aparecida (2017), Sítio São Pedro (2019) e Sítio São Sebastião (2020), totalizando aproximadamente 15 hectares, onde são cultivadas nove variedades de uvas e uma pequena parcela outras frutas como morango, fi go roxo, pitaia, lichia, caqui e maracujá. A linha de vinhos já conta com quinze rótulos e recente destaque para os vinhos finos elaborados com uvas europeias colhidas no inverno seco e com grande amplitude térmica característica da tradicional região cafeeira do sudeste brasileiro. Confira um pouco mais da história, com nosso bate-papo com um dos sócios, o Daniel Miqueletto:

Entrevista com Daniel Miqueletto LOUVEIRA
Foto: Divulgação.

Jornal Tribuna (JT): O que diferencia a produção de uva e os vinhos da Vinícola Micheletto?

Daniel Miqueletto (DM): A vinícola Micheletto introduziu diversas tecnologias na região, muitas novidades. Até 20 anos atrás era tudo muito padronizado. Hoje temos uma série de iniciativas desenvolvidas trazidas de outras regiões do Brasil e até mesmo fora do país. Uma grande diferença, hoje, são as uvas europeias que introduzimos na região, invertendo a poda e com isso conseguimos obter vinhos finos e de qualidade superior e isso tem conquistado devagarzinho o mercado.


(JT): O que a Vinícola Micheletto representa, hoje, para a comunidade louveirense?

(DM): Eu vejo, hoje, quando vai divulgar a cidade muitas vezes, uti lizam foto da fachada e da propriedade. Acho que contribuímos muito para valorizar o produtor rural de Louveira e a viticultura que antes era vista em segundo plano. O produtor rural consegue manter o cinturão verde em volta da cidade, temos sempre que aprimorar, as boas práticas e estar neste novo contexto de desenvolvimento e não só a expansão urbana. A Vinícola Micheletto é uma conquista.


(JT): Hoje, a Vinícola Micheletto conta com a participação de quantos funcionários e colaboradores?

(DM): Atualmente, temos na área rural que produz as uvas e frutas nove funcionários, depois temos a área da vinícola, da produção do vinho que são 2 funcionários fixos. Na loja da vinícola e no quiosque temos 4 fixos e uns 10 funcionários de acordo com o fluxo.


(JT): Existe algum projeto que você gostaria que se tornasse realidade na Vinícola Micheletto?

(DM): Temos projetos de viabilizar alguns roteiros turísticos que com a pandemia foi parado. Alguns roteiros mais históricos, culturais, com harmonização dos vinhos. Roteiro ciclístico, a cavalo pelos vinhedos. Temos o sonho de fazer um teleférico. Sonhos, temos muitos. E, um dos principais sonhos é tornar a cidade de Louveira um roteiro turístico não só relacionada ao vinho, mas à uva Niágara rosada

que surgiu e desenvolveu a cidade de Louveira.


(JT): Para encerrar, há algum lema que o marca ou uma mensagem que gostaria de deixar aos

louveirenses?

(DM): Da mesma forma que em 1933 surgiu a uva Niágara rosada em Louveira e que revolucionou

a viticultura e que proporcionou a gente e nossas famílias se desenvolverem e criarem raízes, tomara que a viticultura em geral alinhada ao turismo consiga manter essa tradição por um longo tempo e contribua para toda a sociedade louveirense.

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