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Entrevista com Sandra Regina Rossi Monteiro

Sandra Regina Rossi Monteiro mora em Louveira há 23 anos. É nascida em São Paulo se considera uma pessoa de classe média que sempre teve de tudo, mas com muito sacrifício. Estudou em escola pública durante toda a sua infância, só foi fazer escola particular quando foi fazer cursinho e passou no vestibular para Direito, sonhava em ser advogada desde a adolescência. Sandra cursou a Faculdade de Direito Mackenzie formando-se em 1987 e, na sequência, fez um curso em Direito Empresarial e nunca parou de estudar. É casada com Humberto Monteiro há 13 anos, mora com seus pais e marido em Louveira. Sempre atuante na sociedade louveirense, foi presidente da ALLA (Academia de Letras e Artes de Louveira), esteve à frente da OAB e sempre atuou como voluntária nas causas sociais, do idoso e pessoas com deficiência, sendo voluntária em instituições.

Entrevista com Sandra Regina Rossi Monteiro LOUVEIRA
Foto: Arquivo Pessoal.

Jornal Tribuna (JT): Você atuou como presidente da ALLA até este ano. Faça um balanço do trabalho realizado à frente da presidência.

Sandra Rossi (SR): Atuei como presidente da ALLA de 2019 a 2021 bem no meio da pandemia. Eu quase não tive como fazer muitos projetos, mas meu maior projeto dentro da ALLA era ter sede própria, uma sede nossa e conseguimos isso em dezembro de 2019. A Prefeitura cedeu para gente uma casa em frente à Estação de Louveira, na Rua 21 de Março, 53. Isso foi uma das minhas propostas que fiquei muito feliz de ter conseguido. Apesar da pandemia, de não podermos nos reunir, foi muito difícil, ainda mais que na ALLA temos muitas pessoas idosas que não têm muita experiência com mídia, com celular. Virtualmente, conseguimos fazer poucas reuniões, devido à dificuldade dos integrantes em conseguirem acessar, mas, mesmo assim, conseguimos lançar duas coletâneas. A quinta e a sexta coletâneas foram lançadas em minha presidência. A sexta coletânea foi o auge, pois foi tudo aquilo que eu queria para a ALLA, ela foi muito bem pensada, estruturada, ficou maravilhosa. Neste livro incluímos uma crônica que foi feita por dezenove acadêmicos, ou seja, cada um dos acadêmicos fazia uma frase acerca de um tema. Ficou muito bonita. Eu acho que meu trabalho foi gratificante e eu consegui com que a ALLA fosse conhecida e reconhecida.


(JT): Existe algum projeto que você gostaria que se tornasse realidade na área cultural ?

(SR): Gostaria de ter feito muito mais, gostaria de ter feito eventos. Saraus, encontros, roda de poesia e conversa, café com poesias. Acho que ainda não vai faltar oportunidade. O que eu gostaria de ter feito e não consegui fazer era ter unido a Banda Progresso, a ALLA e a Bamalo, as três instituições voltadas para cultura juntas. Queria ter feito no Aniversário de Louveira, mas não foi possível. Envolveria muita gente, muita coisa e ficou no papel, talvez, isso possa realizar futuramente. Meu sonho reunir as três entidades que fazem cultura na nossa cidade. Eu, também, sempre quis fazer uma feira do livro, um sonho que ficou guardado no papel em função da pandemia.


(JT): Qual sua expectativa com relação à cultura louveirense para os próximos anos?

(SR): O novo secretário, senhor Felipe Hass e sua equipe, são muito preparados, estão bem engajados em unirem os artistas da cidade, em fazer a legalização disso, com que todos se envolvam, para que juntos possam melhorar, ainda, mais a Cultura.


(JT): Quais as principais qualidades da cidade a seu ver?

(SR): Louveira é minha cidade do coração, eu não sou louveirense nata, mas parece que eu nasci aqui. Eu trago Louveira no coração. Uma cidade que me acolheu e que eu acolhi com muito carinho. Eu acho que eu consegui desde o dia que eu mudei para cá, entender, fazer parte de Louveira. Eu não me vejo morando em outro lugar. Às vezes, me perguntam de onde eu sou e eu respondo que sou natural de São Paulo e muitos perguntam se eu não tenho vontade de voltar para lá e eu falo que não, São Paulo deixou de ser a minha cidade há muitos anos. Eu acolhi, adotei Louveira como minha cidade natal. Eu gosto muito daqui, do clima, das pessoas. Hoje sou reconhecida como advogada na cidade, eu sou louveirense, não sou mais paulista.


(JT): O que costuma fazer em seu tempo livre?

(SR): Eu sou uma pessoa que adoro quando estou em casa, ficar tranquila, sem fazer nada mesmo. Eu acho que o meu hobby é isso. O que eu gosto de fazer muito é trabalhar com plantas, adoro orquídeas, tenho muitas em casa. Um dos meus sonhos é abrir uma floricultura, um café com flores, quando eu decidir parar de advogar. Eu adoro contemplar a natureza, porque é de onde eu tiro a minha energia para o dia-a-dia.


(JT): Você realiza algum projeto social em Louveira?

(SR): Eu faço parte de algumas instituições como trabalho voluntário. Hoje estou como procuradora jurídica da APAE, trabalho voluntário, não recebo nada. Um trabalho maravilhoso que eu faço lá dentro. Adoro trabalhar com eles. Hoje faz 6 anos que estou à frente junto com a diretoria e não me arrependo em momento algum. Adoro trabalhar e fazer os eventos que a APAE faz. Hoje eu estou como diretora tesoureira do Instituto Brasileiro do Direito da Pessoa Idosa onde a Adriana Viel é a presidente e juntas montamos esta instituição, porque vínhamos de uma bagagem da OAB e das comissões que fazíamos parte voltadas ao Direito da Pessoa Idosa. Eu estou aprendendo a trabalhar com o idoso e aqui, em casa, estando com eles o tempo todo está me ajudando a entender as dificuldades, pois o idoso, ainda, não é prioridade nas políticas do Brasil.


(JT): Há algum lema que a marca ou uma mensagem que gostaria de deixar aos louveirenses?

(SR): Eu amo Louveira! É uma cidade de um coração enorme, uma cidade onde todos se conhecem e foi uma das coisas que me chamou a atenção. Eu tinha um mês ou dois morando aqui e as pessoas me conheciam pelo nome. Então, isso para mim marcou demais e é muito importante, aqui eu sou a Sandra, a advogada, aquela que ajuda na APAE, eu sou aquela que esteve à frente da ALLA. Eu sou aquela que está em todos os lugares, que conversa com todos, brinca e cumprimenta. É disso que eu gosto essa espontaneidade, esse amor, esse carinho que eu não tinha em São Paulo.

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