As Oficinas Culturais de Vinhedo retornaram, no mês de outubro, as aulas presenciais para mais de 890 alunos, em mais de 30 modalidades de curso. O Jornal Tribuna, preparou uma série de entrevistas com os artes-educadores das oficinas culturais de Vinhedo. Nesta semana, vamos conhecer a história de Abimael dos Reis Landim que ministra as oficinas de Violão Popular no Centro Cultural da Prefeitura de Vinhedo.
Jornal Tribuna (JT): Qual o seu nome completo?
(Abimael Landim): Abimael dos Reis Landim
(JT): Você é natural de Vinhedo? (Caso negativo – de onde é e como foi sua vinda ao município?)
(AL): Sou de Jundiaí. Já havia participado do Festival Gastronômico de Inverno em 2018 e Festa da Uva 2019 e quando fiquei sabendo do edital de arte-educadores de Vinhedo me escrevi e minha proposta foi aceita.
(JT): Qual a sua formação? Conte-nos um pouco de sua trajetória profissional
(AL): Comecei a aprender violão aos 14 anos, onde até os 18 aprendi observando pessoas que já tocavam e estudando métodos, só aos 18 pude ter um estudo formal, orientado por um professor, onde estudei 1 ano e meio de guitarra. Como sempre tive facilidade em aprender e já sabia bastante da parte técnica, o professor na época me orientou as noções teóricas e me ajudou a aprimorar minha técnica. Depois, fui estudar em São Paulo, onde me formei em Guitarra pela EM&T (Escola de Música e Tecnologia) em 2013. Em 2017, concluí minha Graduação de Licenciatura em Música pela UNIFACCAMP (Universidade de Campo Limpo Paulista) e, agora, em agosto de 2021 conclui minha Pós-Graduação em Arranjo Musical pela Faculdade Unyleya. Desde 2012, atuo como músico guitarrista e violonista, além de produtor cultural, participando de grupos e projetos musicais em espaços privados, culturais e Prefeituras, além de músico instrumentista. Projetos mais recentes que atuei: Guitarrista da Banda The Teacher’s onde participamos das últimas festas gastronômicas de inverno e festa da uva de Vinhedo; Guitarristas Convidado do Coral Canto Vivo onde fizemos apresentação no Sesc de Jundiaí; Ano passado desenvolvi e atuei no projeto intitulado “Bem Brasil” no qual fui contemplado pelo edital da Aldir Blanc, onde teve como proposta um vídeo com 4 canções da música popular brasileira, no qual foi gravado ao vivo em estúdio e divulgado no site da cultura de Jundiaí, Esse ano gravei guitarra em duas músicas para a Orquestra CCJ onde sou guitarrista, além de outras participações em eventos anteriores com domingo no parque e festa da uva em Jundiaí; Projeto clássico da MPB na Instituição em que me formei (Unifaccamp) com a banda The Teacher´s, entre outras participações como arte-educador na região de Jundiaí no período da pandemia, onde ministrei e gravei 26 aulas por meio de vídeo com a proposta do violão popular para iniciante da cultura de Jundiaí-SP, além de professor de guitarra e violão em escolas de curso livre, música e aulas particulares em Jundiaí e Itupeva.
(JT): Qual oficina cultural você ensina na Prefeitura de Vinhedo e há quanto tempo? Quantos alunos participam da sua oficina?
(AL): No município de Vinhedo comecei esse ano com a oficina de violão popular. No momento, tenho 4 turmas - duas no centro cultural e duas, no João XXIII. Total de 20 alunos matriculados!
(JT): Como está sendo a retomada das atividades presenciais?
(AL): Tem sido gratificante ver a cultura ocupando os espaços que ficaram por muito tempo vazios, ver os alunos ansiosos em retornarem os aprendizados e poderem se beneficiar da cultura do município, é muito satisfatório vê-los cheios de energia em retomar as atividades culturais.
(JT): De onde surgiu seu interesse em atuar como oficineiro?
(AL): Desde que decidi ser professor de música, tive vontade ensinar nos centros culturais, tanto que a primeira vez que entrei em uma sala de aula para ensinar foi em um centro cultural perto de casa, chamado na época de (Estação Juventude), onde a coordenadora Wânia me convidou para lecionar violão, ali tive certeza da minha escolha como professores de música, o que viria a se consolidar mais tarde em mais precisamente no ano de 2018, após estar apto a lecionar, embora já ministrava aulas em escolas regulares de música desde 2012, mas, como oficineiro, venho desde onde atuei no ano de 2018 a 2020, na prefeitura de Campo Limpo PTA atuei como professor de violão e musicalização infantil em projetos culturais e escola de período integral, em 2020, na cultura de Jundiaí e, agora, em 2021, estou como educador aqui, em Vinhedo.
(JT): O que você considera ser a chave para o sucesso do aprendizado?
(AL): O aprendizado deve produzir consciência em como fazemos, para que fazemos e como fazemos, para que assim possa haver a transformação do saber. A chave do aprendizado, ao meu ver, está em entender os processos e os meios!
(JT): Para encerrar, deixe uma mensagem aos leitores vinhedenses.
(AL): Aprender não tem idade, é todo tempo, todos somos capazes de desenvolvermos habilidades musicais, não é por dom nem talento, e sim, vontade, estímulo e prática.
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