Após mais de um ano sem atividades presenciais, as Oficinas Culturais de Vinhedo retomaram, no mês de outubro, as aulas presenciais em 30 modalidades de curso com mais de 890 alunos inscritos. O Jornal Tribuna, preparou uma série de entrevistas com os artes-educadores das oficinas culturais de Vinhedo. Nesta semana, vamos conhecer a história de Giovanna Sartori Pereira que, há cinco anos, ministra as oficinas de Danças Urbanas no Centro Cultural da Prefeitura de Vinhedo.
Jornal Tribuna (JT): Qual o seu nome completo?
(Giovanna Pereira): Giovanna Sartori Pereira.
(JT): Você é natural de Vinhedo? (Caso negativo – de onde é e como foi sua vinda ao município?)
(GP): Não, sou nascida em Osasco. Me mudei, ainda, recém-nascida para Campinas, onde moro até hoje. Conheço muitas pessoas que dançam nas cidades ao redor e foi assim que conheci Vinhedo, através dos amigos arti stas, um deles foi Arte-Educador no Centro Cultural, Kico Brown, e me falou que o edital para as oficinas estava aberto e me incentivou a me inscrever.
(JT): Qual a sua formação? Conte-nos um pouco de sua trajetória profissional.
(GP): Sou formada em Bacharelado em Dança pela Faculdade Paulista de Artes em São Paulo, tenho, também, cursos de formação em Teatro Musical e Produção Cultural. Durante a vida dançante me formei e vivenciei estilos como: Ballet Clássico, Jazz, Dança Contemporânea e Danças Urbanas em alguns lugares de referência Ballet Cristiana Packer, Cia Eclipse, Escola de Dança de São Paulo, Senac- SP entre outros.
(JT): Qual oficina cultural você ensina na Prefeitura de Vinhedo e há quanto tempo?
(GP): Eu estou à frente da Oficina de Danças Urbanas da Prefeitura de Vinhedo desde 2017.
(JT): Quantos alunos participam da sua oficina?
(GP): Neste ano estamos com cerca de 90 alunos matriculados na oficina de Danças Urbanas.
(JT): Como está sendo a retomada das atividades presenciais?
(GP): Achei que a Secretaria escolheu o momento certo para a retomada, estava ansiosa para voltar com as atividades, mas que se tivéssemos voltado antes, as pessoas, ainda, estariam receosas. Hoje sinto que o público está mais confiante no retorno e principalmente pelas medidas estabelecidas para o Centro Cultural, como: quantidade limitada de alunos em sala, uso de máscara, medição de temperatura e álcool gel em todos os ambientes. E o principal, a retomada está tão gostosa por rever alguns alunos antigos, conhecer pessoas novas e nos sentirmos tão vivos novamente.
(JT): De onde surgiu seu interesse em atuar como oficineira?
(GP): Bom, eu sempre senti que atuaria sendo professora/educadora, quando juntei esse desejo à Dança foi incrível, pois senti que realmente poderia seguir em um caminho que sempre me identifiquei. Quando me inscrevi para o edital da Secretaria de Cultura de Vinhedo, já sabia que os Centros Culturais eram lugares muito legais para se trabalhar, estrutura, organização, pessoas… por ouvir, isso me despertou e ao entrar realmente senti isso. Acho que por isso me inscrevi de novo e de novo…
(JT): O que você considera ser a chave para o sucesso do aprendizado?
(GP): Para mim o sucesso está ligado a troca, às conexões que criamos com as pessoas. E digo troca, por que mesmo em minha área me coloco como uma pessoa que dá saberes e recebe muitos outros saberes em troca. Então, nossa capacidade de ser seres humanos cada vez mais empáticos, receptíveis, acolhedores e humildes nos fazem criar trocas cada vez mais incríveis com as pessoas, isso para mim é ter sucesso.
(JT): Para encerrar, deixe mensagem aos leitores vinhedenses.
(GP): Eu queria primeiramente agradecer pelo acolhimento que essa cidade teve com a arte, caso vocês não saibam… Vinhedo foi, nos últimos anos, modelo em acesso às artes, muitos municípios não têm essa estrutura. E segundo por me acolher de forma tão boa, me sinto parte da comunidade artística da cidade. Por último, para você que, ainda, não participou de nenhuma oficina, dê uma chance à arte tocar sua vida de alguma forma, sendo no início ou no final de um dia! Fará a diferença.
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